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Assunto: TEMPOS DE GLÓRIA - VÍDEOS E HISTÓRIAS Qui 05 Ago 2010, 13:46
Espaço reservado para vídeos e históricos de pilotos, corridas e campeonatos de qualquer categoria. Vamos relembrar grandes pilotos e grandes disputas no passado que nos motivaram a gostar desse mundo que é o automobilismo.
E pra começar: GP da França de 1979 - Gilles Villeneuve e Renè Arnoux disputando a segunda colocação.
"Aquele duelo com o Gilles é algo que nunca vou esquecer, é a minha maior lembrança das pistas. Sim, ele levou a melhor, e foi em plena França, mas e daí? Eu sabia que havia sido derrotado pelo melhor piloto do mundo" - Renè Arnoux
Anderson Berti Admin
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Assunto: Re: TEMPOS DE GLÓRIA - VÍDEOS E HISTÓRIAS Qui 05 Ago 2010, 14:15
Acidentes dessa época também
Convidado Convidado
Assunto: Re: TEMPOS DE GLÓRIA - VÍDEOS E HISTÓRIAS Qui 05 Ago 2010, 14:54
Nossa sem comentário pra essa briga!!! Nunca tinha visto, bela pilotagem, lindo de se ver!
Anderson Berti Admin
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Assunto: Re: TEMPOS DE GLÓRIA - VÍDEOS E HISTÓRIAS Sáb 07 Ago 2010, 08:49
História da Fórmula Indy
Embora a Indy Racing League tenha sido fundada somente em 1994, o campeonato da Fórmula Indy remonta ao início dos anos 1900, quando um grupo de empresários do estado de Indiana construiu o Indianapolis Motor Speedway, para servir como pista de testes para a nascente indústria automobilística estadunidense. A primeira corrida de 500 milhas em Indianápolis, em 1911, foi ganhar por Ray Harroun, e que logo era conhecida como a Indy 500, rapidamente se estabelecendo como a principal corrida de automóveis da América do Norte, consagrando como lendas do esporte, pilotos como Wilbur Shaw, Vukovich Bill, A.J. Foyt, Mario Andretti, Rick Mears e os Unsers, nomes referenciados para sempre no cenário esportivo dos Estados Unidos.
A Indy tem seus primeiros registros datados de 1909, dois anos antes da primeira disputa em Indianápolis. As datas são imprecisas e há quem diga que as primeiras corridas foram disputadas em 1902. Entre 1909 e 1916 poucas provas eram disputadas e a própria AAA (American Automobile Association) só foi considerar o norte-americano Harry Harkness como o primeiro campeão nacional, no ano de 1902, somente em 1951. Foi entre 1915 e 1916 que muitas pistas surgiram, o que pôde proporcionar a organização de um campeonato nacional.
Muitos historiadores defendem que a Indy só começou a ser realmente disputada a partir de 1956, ano em que a organização das provas passou para as mãos da Usac. A Cart começou a surgir no final de 1978, quando os chefes de equipe perceberam que sua importância dentro da Usac era muito pequena e decidiram fundar uma nova entidade. O dono da equipe Patrick, Pat Patrick, foi o primeiro presidente da Cart.
A Cart era uma associação pioneira e considerada a responsável pelo sucesso da Fórmula Indy nas décadas de 1980 e 1990. A entidade era diferente de outros grupos que organizam campeonatos, como a FIA, por exemplo, que comanda a Fórmula 1. Na Cart, os dirigentes eram os próprios donos de equipes, que também elegiam o presidente da categoria. Os cartolas tentavam descentralizar ao máximo o poder. Cada corrida, por exemplo, tinha o seu promotor, que cuidava de toda a logística do evento. Esse promotor também era encarregado de vender ingressos e conseguir os patrocinadores da prova. Os lucros eram divididos entre o organizador do evento e as equipes, que também ganhavam com publicidade nos carros.
Émerson Fittipaldi foi o primeiro brasileiro a disputar a categoria, em 1984. Cinco anos depois, Fittipaldi conquistaria o título, ano em que também venceu as 500 milhas de Indianápolis pela primeira vez. Até o ano passado, Émerson era o piloto brasileiro que mais vencera na Indy: 22 vezes, marca igualada por Hélio Castro Neves. Ele, assim como Gil de Ferran e Castro Neves, é um dos poucos estrangeiros que conseguiu vencer a prova mais famosa do calendário norte-americano: as 500 Milhas de Indianápolis. Fittipaldi ganhou em 1989 e 1993, Ferran em 2003 e Castro Neves em 2001, 2002 e 2009.
A Fórmula Indy deixou de ser uma categoria exclusiva dos norte-americanos. Além das provas nos Estados Unidos e Canadá, foram disputadas também corridas no Brasil (Jacarepaguá), Japão (Motegi) e Austrália (Surfer's Paradise). Na temporada 2001, a Indy finalmente retornou à Europa, após uma corrida em Silverstone, Inglaterra, no ano de 1978, com provas na Alemanha e Inglaterra, e chegou também ao México.
A Indy experimento diversas fases nesse mais de um século, da glória suprema à quase extinção, quase sempre motivadas por brigas políticas entre as equipes e as diferentes organizações que sancionaram o campeonato durante esse período, incluindo a American Automobile Association (AAA), o United States Auto Club (Usac) e o Championship Auto Racing Teams (Cart). A IRL foi fundada pelo presidente do Indianapolis Motor Speedway, Tony George, segundo ele, "para preservar as tradições e a emoção das corridas de monoposto."
Depois de mais de uma década em que o esporte esteve dividido entre a Cart (e sua sucessora Champ Car) e a IRL, as duas partes entraram em acordo para reunificar a Indy em 2008, sob o controle da IRL. Hoje, ela é a única entidade a comandar os principais campeonatos de monopostos da América do Norte: a Fórmula Indy e as Fórmulas 2000, Mazda e Indy Lights, categorias de formação de pilotos. Além das 500 milhas de Indianápolis - o maior evento esportivo do mundo em um único dia - a categoria apresenta uma mistura única de pistas, incluindo ovais (curtos, médios e longos), circuitos mistos e de rua, nos Estados Unidos e Canadá, completadas com corridas no Japão e no Brasil.
Todos os Campeões
1902 - Harry Harkness (EUA) 1903 - Barney Oldfield (EUA) 1904 - George Heath (EUA) 1905 - Victor Hemery (FRA) 1906 - Joe Tracy (EUA) 1907 - Eddie Bald (EUA) 1908 - Louis Strang (EUA) 1909 - Bert Dingley (EUA)/George Robertson (EUA)
1910 - Ray Harroun (EUA) 1911 - Ralph Mulford (EUA) 1912 - Ralph de Palma (EUA) 1913 - Earl Cooper (EUA) 1914 - Ralph de Palma (EUA) 1915 - Earl Cooper (EUA) 1916 - Dario Resta (ING) 1917 - Earl Cooper (EUA) 1918 - Ralph Mulford (EUA) 1919 - Howard Wilcox (EUA)
1920 - Gaston Chevrolet (FRA)/Tommy Milton (EUA) 1921 - Tommy Milton (EUA) 1922 - Jimmy Murphy (EUA) 1923 - Eddie Hearne (EUA) 1924 - Jimmy Murphy (EUA) 1925 - Peter de Paolo (EUA) 1926 - Harry Hartz (EUA) 1927 - Peter de Paolo (EUA) 1928 - Louis Meyer (EUA) 1929 - Louis Meyer (EUA) 1930 - Billy Arnold (EUA)
1931 - Louis Schneider (EUA) 1932 - Bob Carey (EUA) 1933 - Louis Meyer (EUA) 1934 - Bill Cummings (EUA) 1935 - Kelly Petillo (EUA) 1936 - Mauri Rose (EUA) 1937 - Wilbur Shaw (EUA) 1938 - Floyd Roberts (EUA) 1939 - Wilbur Shaw (EUA) 1940 - Rex Mays (EUA)
1970 - Al Unser (EUA) 1971 - Joe Leonard (EUA) 1972 - Joe Leonard (EUA) 1973 - Roger McCluskey (EUA) 1974 - Bobby Unser (EUA) 1975 - A.J. Foyt (EUA) 1976 - Gordon Johncock (EUA) 1977 - Tom Sneva (EUA) 1978 - Tom Sneva (EUA) 1979 - A.J. Foyt (EUA)*/Rick Mears (EUA)**
1980 - Johnny Rutherford (EUA) 1981 - Rick Mears (EUA) 1982 - Rick Mears (EUA) 1983 - Al Unser (EUA) 1984 - Mario Andretti (EUA) 1985 - Al Unser (EUA) 1986 - Bobby Rahal (EUA) 1987 - Bobby Rahal (EUA) 1988 - Danny Sullivan (EUA) 1989 - Emerson Fittipaldi (BRA)
1990 - Al Unser Jr. (EUA) 1991 - Michael Andretti (EUA) 1992 - Bobby Rahal (EUA) 1993 - Nigel Mansell (ING) 1994 - Al Unser Jr. (EUA) 1995 - Jacques Villeneuve (CAN) 1996 - Jimmy Vasser (EUA)**/Buzz Calkins (EUA)***/Scott Sharp (EUA)*** 1997 - Alessandro Zanardi (ITA)**/Tony Stewart (EUA)*** 1998 - Alessandro Zanardi (ITA)**/Kenny Brack (SUE)*** 1999 - Juan Pablo Montoya (COL)**/Greg Ray (EUA)***
2000 - Gil de Ferran (BRA)**/Buddy Lazier (EUA)*** 2001 - Gil de Ferran (BRA)**/Sam Hornish Jr. (EUA)*** 2002 - Cristiano da Matta (BRA)**/Sam Hornish Jr. (EUA)*** 2003 - Paul Tracy (CAN)**/Scott Dixon (NZL)*** 2004 - Sebastien Bourdais (FRA)**/ Tony Kanaan (BRA)*** 2005 - Sebastien Bourdais (FRA)**/Dan Wheldon (ING)*** 2006 - Sebastien Bourdais (FRA)**/Sam Hornish Jr. (EUA)*** 2007 - Sebastien Bourdais (FRA)**/Dario Franchitti (ESC)*** 2008 - Scott Dixon (NZL) 2009 - Dario Franchitti (ESC)
* Campeão da Usac ** Campeão da Cart/Champ Car *** Campeão da IRL
OBS 1: AAA (1902-1955). OBS2: Usac (1956-1979). OBS3: Cart/Champ Car (1979-2007). OBS4: IRL (a partir de 1996).
Fonte: champcarbrasilnostalgia.blogspot.com
Convidado Convidado
Assunto: Re: TEMPOS DE GLÓRIA - VÍDEOS E HISTÓRIAS Sáb 07 Ago 2010, 10:48
Nossa essa disputa foi demais, muito arrojado os dois, acho que chega determinado momento ali que nenhum dos dois estão pensando mais, estão agindo por instinto.
Convidado Convidado
Assunto: Re: TEMPOS DE GLÓRIA - VÍDEOS E HISTÓRIAS Ter 24 Ago 2010, 15:35
Não me lembro de ter assistido uma corrida do Gilles Villeneuve ao vivo mas realmente os vídeos que eu já vi dele mostram o quanto ele era talentoso e arrojado.
Anderson Berti Admin
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Assunto: Memórias GP Bélgica 1990 Qui 26 Ago 2010, 13:31
Por: Fábio Sakita
Depois de duas semanas de ausência, a Formula 1 regressava a acção no circuito belga de Spa-Francochamps. E a grande novidade era que a Onyx abandonara a competição depois das várias dificuldades que tinha passado ao longo da temporada, primeiro com a entrada da suiça Monteverdi, e depois com a sua saída, após o GP da Hungria. Sem a Onyx, isso significava que a Ligier já não tinha de passar pelo inferno das pré-qualificações, e dava mais chances às equipas que estavam no final do pelotão, como a AGS, Coloni, Eurobrun e Osella, já que a Life, mesmo a correr, tinha cara de desespero.
Assim sendo, ao carro de Bruno Giacomelli, acompanharam-no na pré-qualificação os Eurobrun de Roberto Moreno e Claudio Langes. Na qualificação propriamente dita, Ayrton Senna conseguiu puxar pelo seu motor Honda nas longas retas belgas para alcançar a "pole-position", tendo a seu lado o seu companheiro Gerhard Berger. Alain Prost era o terceiro, seguido pelo herói local, Thierry Boutsen. Na terceira fila estava o segundo Ferrari de Nigel Mansell e o Benetton de Alessandro Nannini. Riccardo Patrese, no segundo Williams, era o sétimo a partir, à frente do brasileiro Nelson Piquet. A fechar o "top ten" estavam os Tyrrell de Jean Alesi e de Satoru Nakajima.
Como seriam de esperar, os AGS de Yannick Dalmas e Gabriele Tarquini, o Coloni de Bertrand Gachot e o Ligier de Philippe Alliot não conseguiram a qualificação.
Entretanto, durante o fim de semana da corrida, Nigel Mansell tinha dado sinais à imprensa inglesa de que poderia voltar atrás na decisão de abandonar a competição, anunciada mês e meio antes, em Silverstone. Logo, os rumores voaram sobre a equipa onde poderia correr na temporada de 1991, e o regresso à Williams era uma das mais fortes.
Na partida, Senna aguenta a carga de Berger e mantêm a liderança, mas mais atrás havia confusão: o Larrousse de Aguri Suzuki bate no Benetton de Piquet, que por sua vez bate no Ferrari de Mansell, que fica parado e bloqueia a pista. Mais atrás, os dois Lotus, o de Mark Donnelly e de Derek Warwick, colidem, bloqueando a pista e obrigando os comissários a mostrarem a bandeira vermelha, interrompendo a corrida. Mas não sem antes, o Tyrrell de Nakajima bater no Brabham de Stefano Modena e o japonês acabar na berma.
No recomeço, havia menos dois carros na grelha: o Lotus de Donnelly e o Larrousse de Suzuki. Senna larga de novo bem, enquanto que Boutsen tem um excelente arranque e fica em segundo lugar, mas isso é tudo inutil, pois na Eau Rouge, o Minardi de Paolo Barilla despista-se e desintegra o seu carro, com ele a sair ileso do acidente. Mas os bocados estão espalhados na pista, o que obriga a novas bandeiras vermelhas.
Agora sem Barilla, mas com Donnelly a alinhar, uma terceira largada acontece com Senna mais uma vez a ficar com o comando, seguido de Berger, Prost, Boutsen, Patrese e Nannini. Mansell era oitavo, mas cedo ficou com problemas de direcção, que o fizeram cair na classificação até abandonar na 19ª volta. Por essa altura, Patrese também abandona, com uma caixa de velocidades partida.
Por esta altura, Prost era segundo e tentava apanhar Senna, enquanto que Berger tinha parado para colcoar pneus novos, sendo ultrapassado por Boutsen. Mas na volta 21, a treansmissão do seu Williams falha e abandona a sua corrida caseira. Logo depois, Senna e Prost param para trocar de pneus, e o italiano da Benetton, que não iria parar, estava em cima do brasileiro, mas com pneus novos, foi embora. Pouco depois, Prost também o passa.
Assim, o italiano era terceiro, pressionado por Berger. A luta foi intensa e até teve toques, mas na volta 43, com os pneus desgastados, o italiano perde o controlo do seu carro no Radillon, mas consegue segurar o carro. Contudo, é superado por Berger, que fica com o último lugar do pódio.
Na meta, Senna era o vencedor, alargando a sua vantagem sobre Prost para treze pontos (63 contra 50). Com Berger em terceiro e Nannini em quarto, os restantes lugares pontuáveis foram para pilotos brasileiros: o Benetton de Nelson Piquet e o Leyton House de Mauricio Gugelmin.
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Assunto: Re: TEMPOS DE GLÓRIA - VÍDEOS E HISTÓRIAS Sex 03 Set 2010, 10:43
Ayrton Senna 50: muito além de um simples herói
O que dizer de um piloto do qual todos já disseram alguma coisa? O que dizer de um piloto que ganhou a vida fazendo aquilo que mais amava e a teve surrupiada pelo destino da mesma forma? Sinceramente, eu não sei o que dizer. Mesmo um dia, um mês ou um ano depois desse 50° aniversário eu não saberia.
Ayrton Senna da Silva foi um homem de poucas palavras, muitos – e expressivos – gestos. Um homem capaz de marcar uma Nação inteira. Mesmo dezesseis anos depois da morte dele.
Quando se fala de Senna – mesmo para mim, que comecei a acompanhar F1 depois dessa Era – surge à mente um guerreiro. De alma e coração. Um lutador sem medo de errar, mas com muita gana de acertar e ser reconhecido pelo talento. Ele foi. E de maneira natural. Para a nossa alegria.
Quando eu penso em Ayrton, imagens boas como essas (clique) aparecem. E também a mais triste das imagens, capaz de me deixar com a alma pesada e não poder trabalhar por uma tarde inteira por causa disso. Foi o que aconteceu quando eu assisti a esse outro vídeo (clique).
Com Ayrton nós aprendemos que não existe fórmula mágica para o sucesso. Ele simplesmente acontece quando fazemos aquilo que amamos. Tudo é fácil e difícil ao mesmo tempo. E como é boa essa combinação.
Se ele foi ou não o maior piloto de todos os tempos, pouco importa, para dizer a verdade. Quem liga para isso? Ayrton foi capaz de erguer o orgulho de uma Nação desacreditada, renascida de um período obscuro. Por isso, a importância dele foi tão grande.
Eu gostaria de ter publicado esse texto ontem. Não foi possível. Mas eu não poderia deixar passar esse momento para expressar a minha admiração por um dos maiores gênios que o automobilismo já conheceu. Hoje você me ouve e só tenho a dizer: obrigado Ayrton! Obrigado por todas as alegrias que você proporcionou a tantas pessoas.
Fonte: corridadeformula1.com
Anderson Berti Admin
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Assunto: Re: TEMPOS DE GLÓRIA - VÍDEOS E HISTÓRIAS Sex 03 Set 2010, 10:50
Uma breve história sobre o jogo de equipe na Fórmula 1
Passado o calor do momento sobre o que aconteceu na Alemanha, é bom refletirmos um pouco sobre a natureza das ordens de equipe na F1. Como se sabe, elas não nasceram ontem e tampouco acabarão se o Conselho Mundial der alguma punição à Ferrari no dia oito de setembro.
Desde os primeiros anos, existe esse tipo de tática na categoria. Nos anos 50, ela era mais comum do que hoje por causa dos famosos carros compartilhados. No GP da Inglaterra de 1957, por exemplo, o britânico Tony Brooks precisou ceder o seu carro para o badalado Stirling Moss guiar, após este ter problemas. Brooks, à época, era o segundo colocado e Moss venceu a corrida. Mais tarde, os carros compartilhados foram proibidos e essa talvez tenha sido a primeira medida para evitar tal situação constrangedora.
Porém, num esporte (ou negócio, que seja!) como a Fórmula 1, jogado por equipes, jamais será possível impedir a “negociação do resultado”. Os times, ao longo dos tempos – e principalmente nos últimos anos – aprimoraram-se nesse sentido. Principalmente para evitar situações como a que aconteceu no dia 25 de abril de 1982.
Quarta etapa do campeonato mundial de Fórmula 1, o circuito de Ímola recebeu uma categoria sob crise política com os conflitos de interesses entre FISA e FOCA (equivalentes a FIA e FOTA, respectivamente). Dentro das pistas, iniciou-se um clima ruim na equipe Ferrari.
Perto de uma dobradinha, com Gilles Villeneuve e Didier Pironi, o time italiano ordenou que eles levassem as crianças para casa. O francês Pironi não obedeceu, ultrapassou o companheiro e venceu a corrida. Villeneuve ficou furioso. Após a corrida, ele disse que nunca mais conversaria com o colega. Na etapa seguinte, na Bélgica, Villeneuve morreu após um acidente na classificação. Pironi encerrou a carreira ao final da temporada com um vice-campeonato.
Vinte anos mais tarde, a Ferrari voltou a se envolver nesse tipo de controvérsia. Todos sabemos o que aconteceu com Rubens Barrichello e Michael Schumacher no GP da Áustria de 2002… Por isso, a má imagem da escuderia com o recente episódio entre Felipe Massa e Fernando Alonso. No entanto, a tática já foi utilizada por outras equipes, inclusive por críticos da manobra ocorrida em Hockenheim.
Em 1998, o então chefe de equipe Eddie Jordan ordenou que seus pilotos Damon Hill e Ralf Schumacher não lutassem por posição no GP da Bélgica. Ralf acatou a decisão e a Jordan conquistou uma dobradinha em Spa-Francorchamps.
No mesmo ano, porém na primeira corrida temporada, a McLaren também fez jogo de equipe para favorecer o finlandês Mika Hakkinen. Ele havia perdido a liderança após ser chamado aos boxes inesperadamente. David Coulthard, novo líder, entregou a vitória ao companheiro no fim. Segundo Ron Dennis, existia um acordo de cavalheiros para deixar ganhar quem liderasse a prova após a primeira curva.
Existiram vários casos iguais ou parecidos ao longo da história. O último, ironicamente, envolveu personagens que já haviam passado por situação semelhante. Alonso venceu o GP de Cingapura em 2008 graças ao companheiro Nelson Piquet Jr., numa trama arquitetada por Flavio Briatore e Pat Symonds. Já Massa havia recusado uma ordem de Peter Sauber em 2002, que pedia para ele deixar Nick Heidfeld ultrapassá-lo. No fim do ano, o brasileiro foi substituído pelo alemão Heinz-Harald Frentzen.
A intenção do post não é defender nem criticar o jogo de equipe. Apenas mostra uma prática enraizada na Fórmula 1, capaz de acontecer com qualquer indivíduo presente no esporte, até mesmo com os críticos. No mundo ideal, as disputas deveriam sempre acontecer dentro da pista, não importa a circunstância. Na prática, todos sabemos que isso dificilmente acontecerá algum dia.
Nota: A última enquete do blog perguntou se a Ferrari estava certa em escolher Alonso como primeiro piloto. Houve 319 votos, a maioria (53%) acredita que não. Para 36% deveria haver igualdade até o fim do campeonato e, segundo 17%, ainda é muito cedo. Outros 34% acreditam que foi uma decisão acertada e 13% pensam que o espanhol ainda não é o primeiro piloto da equipe.
Fonte: corridadeformula1.com
Anderson Berti Admin
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Assunto: Re: TEMPOS DE GLÓRIA - VÍDEOS E HISTÓRIAS Dom 19 Set 2010, 13:46
Essa não podia ficar de fora
Saudades disso pessoal...
Anderson Berti Admin
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Assunto: Re: TEMPOS DE GLÓRIA - VÍDEOS E HISTÓRIAS Dom 19 Set 2010, 13:55
Mais esses dois aqui brigando...
Anderson Berti Admin
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Assunto: Re: TEMPOS DE GLÓRIA - VÍDEOS E HISTÓRIAS Dom 19 Set 2010, 14:05
Não estava disponível a incorporação deste vídeo..mas fica aí o link pro show...
Mensagens : 772 Pontos : 6318 Data de inscrição : 24/07/2010 Idade : 43 Localização : Timbó/SC
Assunto: Re: TEMPOS DE GLÓRIA - VÍDEOS E HISTÓRIAS Dom 19 Set 2010, 14:17
Anderson Berti Admin
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Assunto: Re: TEMPOS DE GLÓRIA - VÍDEOS E HISTÓRIAS Qua 20 Out 2010, 10:11
As 12 maiores reviravoltas da história da F1 – Parte I
Mark Webber lidera o campeonato de Fórmula 1 com vantagem de 14 pontos para os vice-líderes, Fernando Alonso e Sebastian Vettel. Restando apenas três corridas para o fim da temporada, ele é apontado como favorito ao título inédito.
Porém, a liderança do piloto australiano não pode ser encarada como garantia absoluta de um triunfo no final. Se perder o título, será a 13ª vez na história da F1 que teremos tal reviravolta nas três etapas finais do mundial.
A primeira vez que isso aconteceu foi no ano de 1956, quando Peter Collins liderava o campeonato e terminou a temporada apenas em terceiro. Já a última mudança foi em 2007, no famoso triunfo de Kimi Räikkönen contra a McLaren durante o GP do Brasil.
Confira as seis primeiras das 12 maiores reviravoltas da história:
Fangio – 1956
Juan Manuel Fangio saiu do GP da França com o quarto lugar e apenas a terceira posição no campeonato mundial. Estava seis pontos atrás do britânico Peter Collins. Menos de uma vitória, mas vantagem interessante com apenas três corridas pela frente.
Porém, o destino reservou uma peça diferente para os dois pilotos da Ferrari. Depois de vencer os dois GPs seguintes, Fangio assumiu a liderança. Após a última corrida, o argentino inverteu posições com o companheiro de equipe: levou o título e deixou Collins apenas no terceiro lugar.
Phil Hill – 1961
Wolfgang von Trips tinha dois pontos de vantagem para o companheiro de Ferrari, Phil Hill, após o GP da Inglaterra. Era pouco, mas o piloto alemão despontava como favorito para vencer o seu primeiro título mundial.
Em casa, três semanas mais tarde, ele aumentou a vantagem para quatro pontos. Von Trips partiria para os dois últimos embates certo da conquista. Na Itália, ele precisava apenas do terceiro lugar para assegurar o título.
Contudo, Monza mudou o destino: Von Trips colidiu com a Lotus pilotada por Jim Clark e morreu durante o GP italiano. Hill venceu a prova e ficou um ponto à frente do ex-companheiro.
Na corrida seguinte, nenhum piloto da Ferrari esteve presente, já que o campeonato estava decidido a favor da escuderia italiana.
Surtees – 1964
Graham Hill e Jim Clark duelavam pelo título de 1964 a três corridas do fim. Apenas dois pontos separavam os dois pilotos. John Surtees vinha mais atrás, com 13 pontos de desvantagem para o líder, Hill.
Mesmo assim, Surtees conseguiu uma reviravolta histórica. Ele venceu a corrida seguinte e chegou em segundo nas duas últimas etapas. Graças ao sistema de descarte de pontos da época, superou Hill por um ponto e levou o título de 64.
Fittipaldi – 1974
Num campeonato de 15 corridas, Clay Regazzoni e Jody Scheckter eram favoritos até a 12ª etapa do ano. O piloto suíço, em busca do primeiro título da carreira, liderava a disputa com cinco pontos de vantagem para o rival sul-africano.
Porém, nas três últimas corridas surgiu um azarão: o brasileiro Emerson Fittipaldi, até então apenas o quarto colocado. Com uma vitória, um segundo e um quarto lugar nas corridas seguintes, ele não conseguiu dar à McLaren o título de construtores, mas levou o bicampeonato de pilotos com três pontos de vantagem para Regazzoni.
Hunt – 1976
Ninguém, em sã consciência, ousaria dizer que Niki Lauda perderia o título de 1976. A três corridas do fim, o austríaco liderava a disputa com 14 pontos de vantagem para James Hunt. Era mais do que uma vitória a distância entre eles.
No entanto, Hunt venceu os dois GPs seguintes e Lauda somou apenas quatro pontos. O austríaco ainda tinha três pontos de vantagem na última corrida da temporada. Veio a decepção.
No Japão, Lauda abandonou com sua Ferrari durante a segunda volta. Paciente, Hunt conduziu a McLaren até o terceiro lugar, suficiente para fazê-lo ganhar o único campeonato de F1 de sua carreira, com um único ponto de vantagem.
Rosberg – 1982
Uma corrida após o acidente que encerrou sua carreira, Pironi ainda liderava o campeonato com seis pontos de vantagem para Keke Rosberg. Porém, a saída dele da disputa facilitou as coisas para o piloto finlandês, que levou o título de 1982.
Mesmo assim, a vantagem de Rosberg naquele ano foi de apenas cinco pontos para Pironi, que disputou cinco corridas a menos.
Confira amanhã a segunda parte do especial com as 12 maiores reviravoltas nas retas finais dos campeonatos de F1.
Fonte: corridadeformula1.com
Anderson Berti Admin
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Assunto: Re: TEMPOS DE GLÓRIA - VÍDEOS E HISTÓRIAS Sáb 23 Out 2010, 19:32
Em 1895, a primeira vitória no tapetão
Depois da primeira corrida entre Paris e Rouen, em 1894, ficou provado que o homem necessitava do convívio com a velocidade e a competição. Foi nessa época que surgiu o Club Français de Tourisme, pouco depois transformado no Automobile Club de France (ACF), com o objetivo de organizar uma corrida de automóveis mais competitiva e profissional.
E assim foi feito. Em 1895, nos mesmos moldes da pioneira Paris-Rouen, foi organizada a Paris-Bordeaux-Paris, considerada a primeira prova de longa distância, com 1.192 quilômetros de extensão e que oferecia um prêmio bem mais generoso: 70 mil francos, sendo metade deles para o vencedor.
Depois de muitos meses de preparação, na madrugada do dia 11 de junho daquele ano, os 27 pilotos inscritos largaram um a um, do Arco do Triunfo, em Paris, diante de uma multidão de espectadores.
A corrida teve Émile Levassor cruzando a linha de chegada em primeiro, depois de 48 horas e 42 minutos de disputa, a uma velocidade de aproximadamente 24 quilômetros por hora. A prova, porém, era válida para veículos de quatro lugares, sendo que seu carro, um Panhard-Levassor equipado com motor Daimler de quatro cavalos, tinha lugares para apenas duas pessoas.
Como o carro de Louis Rigoulot, o segundo colocado, seguia o mesmo padrão do de Levassor, o prêmio acabou nas mãos de Paul Koechlin, terceiro colocado a bordo de um Peugeot, por ser o primeiro, na ordem de chegada, a estar tecnicamente dentro do regulamento.
Surgia, assim, uma das primeiras vitórias obtidas no tapetão. De qualquer forma, as glórias ficaram mesmo é com Levassor, tido até hoje como o vencedor legítimo daquela corrida.
Fonte: almanaqueformula1.com.br
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Assunto: Re: TEMPOS DE GLÓRIA - VÍDEOS E HISTÓRIAS